A semente , a acrópole e o garoto.

Quando meu mundo caiu, e eu vi a minha acrópole quebrar eu fiz chover , para fazer com que a semente jogada pelo garoto distraído que passava sempre a minha frente, durante os meus dias tivesse a opção de permanecer viva , e quem sabe criar novas sementes .
Quando a minha voz se fez grito que mesmo em silêncio pudera ser notado por qualquer indivíduo capaz de ter um coração , eu quis aniquilar o dia da minha existência em sua vida , porque outrora tempos me fizera sofrer.
Quando assisti a sua felicidade em pupilas contraídas numa tarde de sol ensolarado , mas com calor vindo da alma , eu entendi como seria inevitável o abraço.

Quando descobrir que em fato a sua memória ainda me tem e o seu coração possa talvez quase que certamente ansiar por mim , a minha lua entrou em um eclipse e eu vi a semente começar a criar raiz , os raios de sol surgirem sem aquecer mas estarem ali como nas tardes , desfazendo os ventos frios que se fazem agora, dando cores estranhas mas bonitas as nuvens e novamente vi as pinturas clássicas do criador .
Então a semente se conteve um pouco , e parou , e esperou , e pensou tanto mas tanto que por fim .... então acreditou novamente e continuou a nascer .... e a acrópole se restituiu mais forte e ainda espera com quase toda certeza que o mesmo menino passe e entre dentro dela .
Como que para sempre também espera que permaneça .