Por tempos vi passar nas ruas perdidas de minha cidade
A tristeza de olhos solitários de uma humanidade sem emoção
Então decidi que com a estranha promessa de ter um pouco de liberdade
Não me prenderia a nenhuma vontade que não fizesse parte de outro coração.
Provei de sonhos desalmados e que mesmo sem ter nenhum espaço
Fizeram-se grandes em ideais de mentes que tinham uma obsessão
E descobrir que acreditar, ante tudo uma virtude
Requer muita mais que saúde, e demais determinação.
Desabei nas gotas de chuva que criam o orvalho de minhas flores
E soam uma melodia quando caem antes de chegarem ao chão
Fui provando junto com tudo a minha vida e seus sabores
Não desejando o fim, mas a sua continuação.
Olhei o luar pelas noites, agarrando algumas estrelas
Tão pouco com muita delicadeza percebi que nenhuma ficaria por cá
Então fiz a vontade criar entre os fatos das minhas mentiras
A minha pequena verdade viva, a quem sempre quis amar.
Ingrid de Castilho Monteiro
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